4 de maio de 2009

Arte

António Campos, 9.º ano, EBI de Barrancos


Costumo colocar pinturas de pintores que admiro para ilustrar as mensagens deste blogue. Hoje, venho homenagear um pintor que está a crescer, que está a aprender, que é um adulto nas suas pinturas e na sua filosofia de encarar a vida.



O António sabe que a LIBERDADE é como a água que bebemos, o ar que respiramos...é o "pão" da nossa alma, das nossas criações, da nossa criatividade, da nossa identidade. Encontraste-te na tua pintura, é a tua forma de expressão.


Parabéns e acredita em tudo que podes criar e viver.

Adolescência

Dalí

Quando estava a tirar o meu curso, li imensas coisas acerca da adolescência, tinha cadeiras dedicadas à adolescência. Li acerca das tarefas que devemos cumprir na adolescência, li os grandes estudos do Erikson, li acerca das grandes transformações pelas quais passa o corpo, o cérebro, as emoções...

O estudo intenso acerca de um período da minha vida que estava a concluir, fez-me pensar imenso na adolescente que fui. É engraçado pensarmos sempre que os adultos não nos entendem, que está tudo contra nós, que não sabemos muito bem se o nosso corpo tem a ver com quem somos na realidade...mas a verdade é que todos os adultos já passaram por essa fase, e se resolveram bem os dilemas que surgiram nessa fase, podem ser excelentes ouvintes e percebem o que estão a passar.

A verdade é que a adolescência é uma fase de transição, é marcada por grandes transformações físicas, intelectuais, cognitivas e emocionais. É um período conturbado porque mudamos a um ritmo acelerado, somos confrontados com desafios e problemas cuja resolução pode alterar a nossa vida para sempre.

Podia falar-vos que é na adolescência que se constrói a nossa identidade, e que esta é a tarefa mais importante desta fase. Construir a nossa identidade implica definirmo-nos enquanto pessoa, quais são os nossos valores, bem como as metas e caminhos que queremos atingir/seguir. Tudo isto faz-nos ser tal como somos, e comprometemo-nos connosco próprios para o resto da vida e isso torna-nos fortes e seguros de quem somos.

"A formação da identidade recebe influência de factores intrapessoais (as capacidades inatas do indivíduo e as características adquiridas da personalidade), de factores interpessoais (identificações com outras pessoas) e de factores culturais (valores sociais a que uma pessoa está exposta, tanto globais como comunitários).
Este sentimento de ter uma identidade pessoal dá-se de duas formas: a primeira é perceber-se como sendo o mesmo e contínuo no espaço e no tempo; e a segunda é perceber que os outros reconhecem essa semelhança e continuidade." (Ferreira, 2003)

Há imensas tarefas a cumprir e imensos sonhos que passam a habitar-nos o tempo e o coração!