18 de novembro de 2009

Vida familiar e vida profissional


«Conjugar a vida familiar com a vida profissional é cada vez mais o principal problema das mães e, nos tempos mais recentes, até dos pais. Nos dias de hoje, ou, mais abrangentemente, nos tempos modernos, a necessidade, a vontade, a vocação e os projectos de vida levaram mães e pais a passar mais tempo fora de casa.

Os filhos, as tarefas domésticas, o acompanhamento da rotina diária e familiar tornam-se, muitas vezes, um peso, uma obrigação e um entrave para o desempenho, melhor ou apenas necessário, da vida profissional. Encontrar o meio-termo entre as obrigações e os deveres profissionais e familiares, saber responder às necessidades sem sacrificar outros projectos e focalizar as energias e atenções no essencial é a solução ideal que, muitas vezes, parece impossível de alcançar.

Recusar uma promoção em favor da assistência dos filhos ou fazer o planeamento familiar focando unicamente a responsabilidade profissional são duas opções muitas vezes simétricas e muitas vezes tomadas apenas quando o dilema se coloca. E as escolhas radicais podem ter consequências graves que levam a depressões, revolta e demissão de responsabilidades em qualquer uma das duas áreas. Mas é possível conjugar os dois mundos. É possível ser mãe ou pai e ter uma carreira profissional até de sucesso.

O importante para os pais é a felicidade dos filhos e a escassa proximidade diária não a põe em causa. As escolas, as famílias, a divisão de tarefas e outras ajudas externas são a principal muleta para resolver este dilema que se coloca principalmente aos pais com filhos novos. (...) Educar e trabalhar são perfeitamente conciliáveis. Basta saber como. (...)

Há tempo para tudo...

A aposta é a de que a atenção e o carinho dedicados assegurarem a qualidade da relação. Além de brincarem com os filhos, vêem televisão com eles e estão por perto no momento de fazer os trabalhos de casa. "Para educar é preciso ter respeito." (...)

"os pais devem garantir uma proximidade de atenção, de diálogo e de segurança. Isso transmite-se através de acções simples como ouvir o que o filho tem a dizer, ver os seus trabalhos escolares, ir buscá-los ou levá-los à escola sempre que se pode, participar em festas, saber das suas preferências ou integrar-se com os amigos."»

Inês Pereira

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